O consumo excessivo de sal é apontado como uma das principais causas de doenças que acometem o sistema cardiovascular. Os especialistas nesta área afirmam mesmo que se os consumidores diminuíssem a ingestão de sal em dois gramas diários, a taxa de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC’s) cairia entre 30 a 40% no espaço de cinco anos.
O AVC é a principal causa de morte em Portugal. Estima-se que mais de 16 mil destes casos ocorram todos os anos em Portugal.
Sabe-se que o consumo excessivo de sal tem como consequência uma maior retenção de líquidos no nosso organismo, levando a um aumento da pressão arterial, resultando isto num esforço acrescido por parte do coração para que consiga bombear o sangue para todas as partes do organismo.
O arrastamento desta situação por vários anos leva a que haja um endurecimento das paredes das artérias e sobrecarga do coração, condições estas que predispõem para as doenças cardiovasculares como enfarte do miocárdio, acidente vascular cerebral, hipertensão arterial, arteriosclerose, entre outras.
Os alimentos a evitar para não se cair num consumo excessivo e prejudicial de sal são principalmente os produtos industrializados (enlatados, aperitivos, conservas e “snacks”), toda a qualidade de enchidos e pão. Deve ainda evitar-se a utilização de sal fino à mesa e substituir-se o sal por ervas aromáticas na confeção dos alimentos.
Deve ainda preferir-se alimentos grelhados e cozidos em detrimento de alimentos fritos e assados. Os alimentos fast food contêm um teor elevadíssimo de sal, pelo que devem ser dispensados, principalmente pelas crianças.
Para evitar as consequências nefastas que o consumo de sal tem no nosso organismo é também importante manter um aporte adequado de potássio. O potássio encontra-se em alto teor nas bananas, melão, tomate, alho e legumes em geral.
O excessivo consumo de sal gera desequilíbrios na relação sódio/potássio, resultando em doença cardiovascular, sendo que o aporte adequado de potássio irá restabelecer esse equilíbrio, prevenindo problemas do sistema cardiovascular.
A redução do consumo de sal é algo simples de praticar, que fará toda a diferença no número de vítimas de doenças cardiovasculares, reduzindo significativamente este número e melhorando a qualidade de vida das pessoas em geral.
A Cascais Clinical Center sugere que para além dos referidos conselhos, ponha também em prática a substituição do sal refinado pelo sal marinho ou integral, cuja quantidade de sódio em menor e pelo facto de conter potássio e muitos outros minerais, torna-o num alimento equilibrado, desde que consumido nas devidas quantidades.